sábado, 18 de julho de 2009

A muralha do ser.

Creio que o orgulho de um homem não provém de seu castelo particular, mas sim da muralha que o protege, o castelo é fraco e indefeso, ao contrário da muralha que é forte e consegue suportar os golpes mais duros.
Há duas formas de transpassar a muralha, e nenhuma das duas são fáceis. A primeira forma
seria derrubá-la, destruí-la como se nada fosse, mas isso deixa cicatrizes, torna o castelo exposto e o pior, mostra que a impetuosa barreira é frágil, obrigando o ser a reconstruir barreiras cada vez mais altas. A segunda forma, talvez o menos convém aos ''conquistadores'' seria entrar pelo portão da frente. Sim, toda muralha, todo castelo por mais forte que possa sempre tem um portão, esse é o caminho mais difícil e talvez mais belo, e igual a primeira forma, se faz eterno e expõe o castelo, mas não ao perigo e sim à força, maior que qualquer muralha. Há portões que sempre se mantêm trancados e outros sempre abertos, correndo os riscos de perder e de ganhar.
Os castelos. Ah, os castelos! Essas frágeis torres são tão vulneráveis quando se vêem sem tua defesa, teu baluarte, podem ser tornar conquistados ou dominados, levantados ou destruídos e mesmo que seja para o bem,muitos se sentem desconfortáveis aos serem tocados.
Com o passar dos séculos as muralhas vão se tornando cada vez mais altas e os castelos cada vez mais frágeis, e hoje, já chegamos ao ponto de não conseguirmos mais ver o nascer do sol e um dia talvez, não veremos mais a luz dentro de nossos castelos cercados por gigantes muros, mas a altura não impedirá que seja avistado um portão, um portão que deve sempre se manter fechado, mas nunca trancado.

Um comentário:

  1. Lindo :)

    tal qual os príncipes e princesas dos países nórdicos, eu tenho meu castelo. Não com muralhas, ou dragões, mas com flores e mel. E um pouco de sal pra adoçar, ou não.

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