quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E as cortinas se fecharam

Para esse pequeno ensaio que é a vida. Me pergunto, se para um estrela nascer outra tem de morrer, quanto duraria a minha estrela? Quando ela começará a brilhar e para quem ela apagará? Ensaiamos para o show mor todos os dias, nos preparamos a cada segundo para o grande dia; o dia da realização de um sonho, o momento da decisão de todo seu futuro. Qual dia?
A estrela nunca brilha, o dia nunca tem fim, pois os planos nunca concretizam, apenas se fazem de novos planos; o concerto não acaba ao receber as chaves de sua nova casa ou em um novo amor, na verdade, o que finda é apenas um ato; continuaremos sempre encenando e nos preparando, novamente para a grande apresentação.
A nossa cortina se fecha antes do espectáculo. Aos olhos de quem observa apenas, a vida em si, fora o show e que a estrela jamais se apagará, quando na verdade, estará sendo ofuscada pela continuidade a ser dada no viver de cada pessoa. Ela será esquecida, se apagará de vez, teu ensaio che ao fim, em um show que jamais termina.

domingo, 18 de outubro de 2009

Andar na chuva e estar com sede

Acho que é essa a sensação, não sei bem, de viver em um mundo maior que você. Um mundo em que dois pontos distantes se juntam e que todo o abstrato é real e o non sense é genial. Me perco nessas divagações sempre que volto pra casa pelo caminho da velha ponte. Na verdade, esse é o único trecho do trajeto que consigo me recordar.
Ao andar por caminhos que nunca noto, sempre me perco em pensamentos, e sempre que ando só, a última pessoa que me lembro é de mim. A cabeça vai longe, mais do que deveria, o mundo se faz pequeno demais e o futuro é promissor. E na hora de voltar e situar no mundo, é que vejo a minha pequenez.
Talvez por isso, talvez por sempre esquecer de mim é que esqueço do meu redor e acabo perdendo a noção do que sou e de quem sou perante todo o mundo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Diga-me quem és...

...Que eu lhe direi que sentido algum terá tua vida se souber tudo de si.
Juro que tentei me conhecer a fundo, mas tive medo de me perder. Não que seja tão profundo, tampouco tão intenso, só não quis quebrar minha essência. Comparo o auto-conhecimento a um relacionamento; quanto mais você conhece o(a) parceiro(a), menos chances tem de se casar com ele(a).

Os horizontes são todos iguais

A verdadeira beleza está na vontade de ir além das montanhas.

domingo, 11 de outubro de 2009

Músicas disponíveis (finalmente)

E finalmente músicas disponibilizadas. Hallelujah! Não que seja grande coisa, as gravações são de baixa qualidade, mas foram as dificuldades, contratempos, preguiça (ignorem essa parte) e o doloroso processo de compor, tocar e gravar totalmente sozinho que me trouxe grande satisfação.
Criei um perfil no myspace e divulguei algumas músicas, cinco no total. Ainda tenho mais 5 em fase de gravação (boa dessa vez, espero) e, se tudo ocorrer bem, irei disponibilizar ainda esse mês.
Então, sem mais chatices, eis o link: http://www.myspace.com/wallecejose
Podem achar ruim, mas não deixem de ouvir, rs.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Os barcos

Nunca vi um barco. É, isso é estranho, quer dizer, provavelmente nunca fui à um rio, isso é verdade, não tenho lembranças de um dia à beira de um. O barcos sumindo ao horizonte são um belo gancho poético, tal como o pôr-d0-sol vermelho na água ou o reflexo da lua.
Sim, os barcos nos trazem belas metáforas, palavras e inspiram os sonhadores e, ainda sim, nunca perdem a mágica, por mais batido que seja.
Entre pensamentos, imaginei como seria um belo fim de tarde olhando ao horizonte e vendo as velas indo onde o vento desejar, estaria em mim toda a inspiração e todo o conhecimento da beleza da vida, jamais perderia uma palavra e a vida passaria aos meus olhos todos os dias. Mas, não tenho um rio na janela de casa, tão pouco um barco para navegar, o que tenho são dias comuns entre paredes e um muro tapando minha visão do mundo lá fora. Esses são os elementos que tenho para explorar, essas são minhas aventuras diárias, meu quarto de paredes azuis é o meu rio.E quanto ao barco? Bem, ainda tenho a imaginação de uma criança.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dias assim...

Dúvidas...
São os dias em que a gente olha lá fora e que a chuva nos impede de sair, de fugir do mundo (ou de colocar o not na tomada, espero que a bateria dure até o final do texto), são esses dias em que estamos sós com nós mesmos, que vemos quem somos e evitamos de olhar para o espelho.
Dá medo a verdade escondida atrás de nossos egos, aquela ferida que a gente insiste em tapar e evitar de mostrar ao médico.
Dúvidas... Nunca se sabe se estamos escondendo o sol com a peneira, ou (re)descobrindo nós mesmos e evoluindo. Convém muito acreditar na primeira opção, a sensação de evoluir dá uma imagem de que há muito o que percorrer, mostra uma impressão de que não andamos nada, pra falar a verdade.
Se a chuva engolisse meu grito, se eu pudesse colocar todo o meu fardo nesse momento, e que ninguém me perguntasse ''o que há?'' Se, por um instante, eu fosse a única pessoa no mundo e me sobrasse todo ar, diria todas as palavras, em alto e bom som, que nunca foram ditas, todas as palavras que jamais existiram em nosso dicionário.
Dúvidas... Onde está a parte de mim que me ama? Onde está o sol quando precisamos dele? E as dúvidas? Para onde elas vão, amanhã que será um novo dia?
São em dias assim que eu queria ter todas as respostas do mundo em uma fração de segundos, e antes dos delírios do sono me consumirem.

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