sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ficou tarde cedo

Ficou tarde cedo
Fui contar as horas que insistem em ficar
E ainda não é hora
Não se tem lugar
E se não tem fim
Por que começar?


Já que estou aqui,
O que tenho a fazer
É cumprir o que
Me restou poder


O que se dá pra descobrir
Não cabe no viver
O que ainda está por vir
A vida é curta pra entender


Já que é pra viver
Siga bem assim
Enquanto ganho tempo
Pareço me vencer


Vejo em sua sala
Abrir alas a passar
Verdade do tempo, o mito

Mercurio Chromo


Não adianta entender
Se não nasce pra saber
Não se perde por perder
Não vence por querer

Ficou tarde cedo
Fiz um samba por não saber

Do tempo

Chegou mais cedo
O fim do dia, aqui
Vencer primeiro
Depois seguir

Deixa o amanhã
pra quando chegar
Deixa eu rir do agora, ia!
Deixa o sol que há de vir
Há um universo a se expandir

É mais belo sorrir
Quando a maré é contra ti
Encontra-se em alto mar
O melhor que há de mim

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

''Sobre viver.''

Escrevi muito pouco esse mês, se for levar em conta qualidade digo que não escrevi nada. Havia me esquecido de como voltar ao mundo real nos rouba tempo. E não apenas escrevendo, estou lendo muito pouco também, o cansaço tomou lugar dos meus pensamentos, de minhas buscas pessoais.
O homem deixou de trabalhar para seu próprio bem e passou a trabalhar para o bem alheio, sendo assim, não reconhece o fruto de seu próprio esforço. Este é o padrão de vida atual e criticá-lo é tão demodè.
É triste ver como a vida se tornou repetitiva: segunda à sexta, das 8:00 às 18:00 e me pergunto onde está o retorno de tudo isso? O homem inconscientemente enraizou a mesmize em si e com a falta de novidades teu corpo anseia por disritmia, por sentir o sangue ferver, por algo bélico, por estratégias de guerra, em vencer! Enfim, anseiam por cerveja e futebol no sábado e domingo, os dias de fuga de todo bom cidadão que é preso na rotina ''segunda à sexta, das 8:00 às 18:00''.
Concluindo meu raciocínio (se é que ainda exista alguma gota de lógica no que discorri aqui) bem, sinceramente não sei como fazer o bom e velho último parágrafo, sempre tive problemas com inícios e finais, o desenvolvimento é a única parte que escrevo sem me conter. Mas enfim, minha falta de palavras para concluir talvez não decorra exatamente da falta de tempo para ler e pensar, mas sim de meu descontentamento de ver que ao final de tudo, me tornei mais um que espera a sexta-feira anoitecer para poder dedicar-me aos livros e ao meus pensamentos, meu lado bélico e minha fuga da semana, em suma, o futebol e a cerveja.

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