terça-feira, 22 de junho de 2010

Bem,

Dos livros que não li, dos erros que não previ, das rimas fáceis e dos amores nem tão assim. O que eu guardo é talvez o que eu ainda nem entendi. Talvez nem entenderei. Nem sei.
Talvez o que faltou foi viver. Ou não. Talvez eu não aproveitei. Ou aproveitei até demais.
Todos os dias, quando acordo, lembro que matei mais um dia. A vida bem me cobrará isso na velhice. Morro dia-a-dia. Não me lembro de todas as vezes que morri. Nem me lembro se ainda ressuscitei. Talvez ainda nem nasci. Me espero nascer. Espero a mim. Acompanho todos os passos. Todos parecem ser o primeiro. O primeiro em
direção ao que talvez venha ser eu um dia. Ao que pretendo ser. Ao que nunca serei. Ao que morrerei sonhando.

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